20 maio, 2010

"Poetry", Cannes 2010



“Poetry”, filme do coreano Lee Chang-dong exibido ontem na Competição de Cannes, faz o tocante retrato de uma senhora que se interessa por poesia ao mesmo tempo em que se descobre com mal de Alzheimer e começa a esquecer as palavras.
Mija - interpretada pela grande dama do cinema coreano, Yun Jung-Hee -, se inscreve num curso de poesia ao final do qual deve escrever um poema.
Mija, que foi diagnosticada com Alzheimer, descobre há poesia em tudo que a rodeia, ao mesmo tempo que o horror e a imoralidade da realidade.
O filme é um dos 19 que concorrem ao cobiçado prêmio e foi recebido com uma ovação de pé de dez minutos pela platéia comovida.
Esta é uma época em que a poesia está morrendo. Alguns lamentam essa perda, outros dizem que ela merece morrer. Ainda assim, as pessoas continuam a ler e escrever poesia. É uma pergunta que me coloco como cineasta: o que significa fazer filmes num tempo em que os filmes estão morrendo?”, declarou o diretor.
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4 comentários:

  1. A poesia parece estar morrendo mesmo.
    Creio, com toda a força, que a poesia não morre, pois está em nossa alma; e que os que parecem que mataram a poesia apenas se esqueceram de observar sua alma.
    Desejo assistir este filme!

    bjs

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  2. Nossa...pela sua resenha, fiquei curiosa em ver o filme. Tem novis no meu blog. Bjs e fik com Deus.

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  3. Poesia não morre nunca e o cineasta da tal frase pessimista deveria rever seu próprio filme... Muito instigante tal premissa: curiosíssimo para ver (na ânsia de aguardar uma videolocadora sábia, porque os cinemas daqui não coletam materiais ditos "artísticos"...)! Bendita seja a Poesia que se esquece de si, mas nunca perece! Belo 'post'! Abração e apareça!

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  4. Adorei a temática! Estão matando a arte mas sem poesia. Saudade dos dadaístas...
    Coloco agora esse filme na minha lista daqueles que pretendo assistir em breve, e a culpa é toda sua! rs

    Beijos.

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