03 novembro, 2010
Meias verdades
do site: http://paula-travelho.blogs.sapo.pt/2008/03/
• Tudo termina quando viramos dono. Dar e ter liberdade é essencial.
• Palavras jamais dominam a noite. Eis aí um grande mistério.
• A memória é o paraíso e o gatilho da arma.
• Fotografias deixam uma impressão mais forte que as imagens em movimento, talvez por recortarem com precisão, uma fatia nítida na duração. É o que se retém na memória.
• A mídia faz com que até um mortal comum, possa ser elevado à condição de mito, mesmo que às avessas. Estranha essa atração da mídia pelo outsider. Coisas da pós-modernidade.
• Intriga-me os opostos: a momentânea falta de criatividade que teima insistentemente em perdurar por infindável tempo e depois, os momentos de pura euforia, como que surgidos do nada. Há semanas em que produzo e o faço incessantemente e numa intensidade absurda. Em outras épocas, chego a ficar longo tempo sem que uma frase se concretize.
• Recomponho cada ato falho, cada sonho, cada feito pela sua imediata metade. Recomponho-me em ciclos.
• Cada poema, um rebento. Como é difícil criar!
• Às vezes, só às vezes, uma palavra, um olhar, um gesto me basta e denuncia-me o que se poderia gastar de tempo em busca de uma saída.
• Viajar tem seu lado fortemente sedutor. É magnifico passar pelos lugares. A sensação de jamais pertencer à um lugar que seja. Olhando pela janela, a paisagem distorce-se veloz com suas imponentes serras, seus cerrados à perder de vista. Sinto-me mínimo e grato por existir.
• Os pequenos e essenciais ritos: conversa com amigos, o violão, a fogueira à beira mar, o fondue nas noites frias, o aconchego do blues e do vinho, a poesia, um bom livro...
wallace puosso, saindo em turneé pelo interior do Paraná.
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Meias Verdades... Sentimentos Inteiros.
ResponderExcluirPalavras pela metade, frases incompletas, vidas sem fim...
Adorei seu texto...
bjs
Querido Wallace,
ResponderExcluirSó agora fiquei sabendo de seu blog. Nada é por acaso mesmo. Hoje - exatamente hoje, eu precisava de sua delicadeza, via Cardápio Delicadeza.
Estou comendo na sua mão.
Beijos,
Jura.
Só assim a gente sabe da existência continuada da sua pessoa, hein?
ResponderExcluirAbração!