09 junho, 2011

quartzo




...como o coelho maluco de Alice ou um velho relógio de quartzo andamos, andamos pelo tempo em busca de uma grande e pomposa porta onde estejam reservadas a felicidade, a liberdade (ou a noção do que isso seja) e eternidade - eterno mesmo é quando você me pisca toda cheia de terceiras intenções e o tempo pára agora, liberdade é só um conceito que existe, qualquer sentido por trás do que seu rosto esconde um sentido de gosto (teu gosto), afinal, é relativo o que se vê pela fresta da porta - a iluminação é sempre tênue, para quem vê um pouco além do óbvio, se até a floresta luta pelo calor do sol com a gente não seria diferente: colocamos a cabeça fora d’água e respiramos, respiramos um pouco mais aliviados porque o tempo, ah... o tempo não pára.

Wallace Puosso

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