08 julho, 2009

sem escala


voando
sobre a Cordilheira dos Andes
ela finalmente entendeu
a finitude da vida


amores que ficam
saudades
o vazio do que não existe mais
lembranças


em silêncio fechou os olhos
e desejou ter asas
e liberdade
e nenhuma pressa em voltar.



wallace puosso, abril de 2009

6 comentários:

  1. Sem escala....

    para que parar?

    se podemos continuar....

    lendo, penso, onde está o fim que não vejo.

    lindas palavras...
    bjs

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  2. A vida é curta para ser vivida, e infelismente acabamos deixando as escalas da sociedade nos privando de vive-la...
    Eu tb queria ter essas asas bem longas para poder voar bem alto...pena que quando começamos logo chega alguem para corta-las...beijos....ótimo texto.

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  3. Adorei "colecionando intimidades", obra-prima absoluta para "tabuleiro" (especialmente pelo clima 'pop', 'pulp' e de lembrança visual e táctil de War!); porém "sem escala" e "neverland" talvez rendessem mais se crônicas poéticas do que em versos, como poemas... Abraço por este 'blog' sempre tão talentoso!

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  4. Ah obrigada, fique sabendo que as coisas por aqui são bem alto nível. Gostei dos teus textos! Abçs, bjs:*

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  5. Oi tudo bom???
    De uma passadinha no Simplismente Eu, tem um presentinho te esperando, espero que goste, beijos.

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  6. Certa vez ouvi um paciente me dizer "pq devo temer a morte se a vida é tão vazia?", fique sem palavras..

    Abraço

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